24 de novembro de 2014

Capítulo 11

Ana Julia 


Minha cliente estava atrasada e enquanto eu a esperava parei pra ver as fotos de alguns conhecidos meus que tinham ido pro Festival de Verão, eu amava aquele evento e não poder ir por causa do Luan foi no mínimo frustante. Porque o show dele tinha que ser justo no dia do Capital Inicial?

Meu pai comentou comigo por telefone que foi um dos melhores shows da banda, disse que estava muito cheio e que a galera estava louca, com certeza teria sido melhor ir do que ficar em casa sem fazer nada como eu fiquei, afinal, até Juliana tinha ido, e pra me provocar, mandou inúmeros áudios do Luan cantando- que eu não ouvi nenhum, não sou obrigada!

Atendi apenas uma cliente e fui para minha casa, além de estar mal humorada estava morrendo de cólica. Deitei no sofá com uma bolsa de água quente na barriga e tentei dormir. O sono foi vindo aos poucos e eu demorei cerca de meia hora para apagar de vez.

Acordei com meu celular tocando, outra vez era o Luan, recusei a ligação e me contorci na cama ao perceber que a porcaria da dor ainda não tinha passado. Ouvi o celular tocar mais um vez e tirei a bateria sem nem ver se era o Luan ou outra pessoa. Peguei no sono de novo e até sonhei.

Acordei horas depois morrendo de fome, a cólica tinha passado, mas o meu mau humor não. Desci e minha mãe fazia a janta, sentei na mesa e a olhei preparar tudo:

-Que carinha é essa?

-TPM.- respondi fazendo careta e ela não disse nada, Deus sabe como eu sou chata nessas fases.

Fiquei sentada encarando o nada enquanto ela terminava a janta. Logo minha mãe começou a comentar do Festival de Verão e eu ouvi atentamente morrendo de inveja de quem tinha ido, até música nova eles tinha lançado, perdi um grande show e tudo culpa de um cantorzinho. Nem de sertanejo eu gosto. Oh vida!

Comi com ela e depois voltei pro meu quarto, tomei um banho quente e vesti o meu pijama mais quentinho também, estava uma noite fria, ótima pra dormir, porém nem isso tinha me animado 100%. Peguei meu celular desmontado em cima da escrivaninha e o montei. Tinha 3 chamadas não atendidas dele, será que ele não desistiria nunca? Coloquei o celular do lado e liguei a televisão me enfiando embaixo das cobertas.


 Meu celular começar a tocar e de novo era o Luan. Mas que saco, se eu não atendesse e desse um fim naquilo ele não me deixaria em paz então atendi de uma vez.

-O que você quer?- fui curta e grossa.

-Oi procê também, eu tô bem, obrigado por perguntar.

-Fala de uma vez.

-O que te deu ein? Eu não fiz nada pra me tratar assim.- acho que ele esperou que eu respondesse mas eu apenas o ignorei- Por que não me atende? Eu fiz alguma coisa?

-Eu não te atendo porque eu não estou com vontade, é difícil entender isso? Se toca garoto. Vai fazer seus shows pra lá e me esquece. A gente só ficou, não tenho obrigação de te atender. Nem sei porque te dei o meu número. Agora por favor vai cuidar da sua vida e vê se para de me ligar se não eu vou ser obrigada a mudar de número. Tchau.- desliguei o telefone sem dó nenhuma, ele não me ligou num dia bom e também já estava enchendo meu saco me ligando direto. Acho que o cantorzinho não estava acostumado a levar um fora, mas é sempre bom saber qual é a sensação. Deixa ele aprender.

Desliguei o celular pra evitar receber outra ligação e tentei relaxar. Ow diazinho infeliz.

Um pouco mais tarde minha mãe entrou em meu quarto com um chá na mão.

Sentei na cama e liguei a televisão pra ver se passava algo interessante, até achar um canal em que passava os melhores momentos do Festival de Verão, como eu tinha perdido decidi assistir pra ver se tinha mesmo sido bom como as pessoas estavam falando.

Até então não tinha passado nada do Luan, pra falar a verdade eu até tinha esquecido que ele tinha feito show também, até começar uma melodia conhecida e eu ouvir sua voz irreconhecível, cheguei a pegar o controle pra mudar de canal mas acabei deixando ali. Pensando bem eu tinha sido meio grossa com ele, uma coisa é eu evitar alguém, outra diferente é eu ser mal educada, e ele não merecia. A essa hora ele devia estar me achando bipolar, em um dia sou legal e faço ele esquecer do mundo, no outro sou estúpida.  Agora eu não podia fazer mais nada, e achei que seria melhor assim. Era questão de tempo até tudo isso passar.

Notas da Autora:
Postando um pouco mais tarde porque ontem foi puxado e amanhã será ainda mais, e eu não tô conseguindo programar pra postar sozinho, enfim, eu avisei vocês que as vezes poderia ter alguns problemas né? 
Tem muita gente reclamando que os capítulos estão pequenos, realmente, eu percebi também, mas já escrevi até o 28 e a grande maioria tá no mesmo tamanho, como não tem como eu acrescentar coisas neles eu peço a paciência de vocês, porque aí os novos capítulos que eu escrever eu escrevo maior. 
Por hoje é isso. Beijos. Até amanhã, provavelmente de noite.

PS: Comentários do capítulo anterior respondidos.

4 comentários:

Sugestões, Críticas ou Elogios serão sempre bem-vindos!