Estava deitado na cama esperando Ana sair do banho. O dia tinha sido até tranquilo, e apesar de saber que sentiria falta da nossa lua de mel e nossos momentos juntos, eu sentia falta de estar nos palcos e cantar pra multidões.
A porta do banheiro se abriu, e eu, que estava concentrado no celular, olhei para aquele belo monumento a minha frente. Sem a menor intenção, ela me excitava, só pelo jeito que secava o cabelo e com um pijama curto que mostrava bem suas curvas. Ainda babando sentei-me direito na cama e a encarei com mais atenção.
-Que foi, amor? - ela perguntou pendurando a toalha no porta-toalha.
-Você é tão linda - falei quase que num sussurro e ela riu.
-Para que assim eu acredito - caminhou em minha direção e engatinhando veio pra cima de mim.
-Eu já tava excitado, vendo você vir assim fiquei mais - a puxei pra mais perto e ela afundou o rosto em meu pescoço.
-Você é um tarado, isso que você é.
-E você é uma gostosa - beijei seu rosto e comecei a passar a mão pelas suas costas vagarosamente.-Como vai ser? Amanhã 6 horas eu tenho que voltar ao trabalho.
-Ninguém me chamou pra ir junto...- ela me encarou rindo.
-Você quer?
-Não tem nada que me prende aqui - ela deu de ombros - Eu ainda tenho um mês de licença.
-Amor, você quer mesmo continuar trabalhando? Porque eu dou conta de sustentar nós dois sozinho.
-A questão não é essa, mas sim uma coisa que gosto de fazer.
-Eu entendo, mas vai ser bom pra gente, assim você não fica sozinha.
-Verdade... Acho que tô mau acostumada, a ideia de ficar longe de você me deixa agoniada - confessou sem graça e eu beijei a ponta do seu nariz.
-Eu sinto a mesma coisa, quero te carregar comigo para todo canto. Vamos vai? Vai ser legal.
-Tudo bem, vamos.. Mas sobre eu deixar o emprego eu vou pensar mais um pouquinho tá bom?
-Tá bom - assenti lhe abraçando mais forte.
E então, após alguns assuntos aleatórios acabamos pegando no sono, com o celular ligado ao velho aplicativo de sons naturais - chuva, trovão, cachoeira..., - Ana acabou pegando a mesma mania comigo e isso me dava ainda mais certeza de que fomos feitos um pro outro.
No dia seguinte ela acordou animada fazendo nossas malas. Quando abri os olhos vi ela sentada no chão dobrando as peças e organizando dentro da enorme bolsa que estava ao seu lado. Ela arrumava suas roupas, o que me fez pensar que certamente a minha mala já estava pronta, e eu confiava muito em seu bom gosto. Apoiei minha cabeça na mão esquerda e me ajeitei na cama.
-Bom dia - ela disse sem me olhar.
-Precisa de ajuda?
-Não gatinho, tô quase terminando. A sua mala já está pronta - É, eu sabia...
-Você tá se saindo uma ótima esposa.
-É né.. só fico te mimando - sorriu prendendo o cabelo num coque.
-Eu amo ser mimado por você - confessei sentado na cama.
-Pensa que eu não sei? - olhou pra mim sorrindo - Está com fome?
-Morrendo - fiz careta.
-Lógico, só vive com fome - Levantou e veio na minha direção ficando entre as minhas pernas, ela de pé e eu ainda sentado - Fiz um almoço gostoso pra gente - me abraçou carinhosamente.
-Hummmm, já podemos comer?
-Vamos?
-Bora.- Levantei num pulo da cama e a abracei por trás.
Almoçamos a deliciosa lasanha que ela preparou sob brincadeiras e sorrisos, já que ela gostava de mastigar de boca aberta só porque eu achava nojento, dizendo que eu tinha que começar a conhecer os seus defeitos. Acabava que eu ria da palhaçada dela e isso tornava nosso relacionamento único, cheio de bobagem que pros outros podia não ser nada, mas pra gente, era tudo.
O resto do dia passou depressa e logo estávamos a caminho do aeroporto rumo a Curitiba. O tempo estava frio, e nós dois estávamos bem agasalhados. Ana agiu como minha mãe, mandou eu colocar toca, cachecol, tudo... ela com certeza seria uma boa mãe, mas não era algo que pensávamos. Ela nem gostava de falar disso e bom, eu também achava muito cedo.
Assim que a van parou avistei uma enorme quantidade de fãs, elas gritavam enlouquecidas ainda mais depois de terem visto Wellington descer da van. Como fazia tempo que não via e atendia fãs eu escolhi que as atenderia sem ser por grade, e Ana concordou que eu deveria fazer assim.
Desci e elas fizeram filas, estavam eufóricas mas estavam se controlando, pois caso o contrário sabiam que eu acabaria não atendendo ninguém. Não por maldade, mas por questão de proteção pessoal. Ana ficou do meu lado pegando alguns presentes que lhe davam. Apesar de me esforçar para ouvir o que elas falavam pra minha esposa eu não conseguia, era muita gritaria, e eu estava morrendo de saudades.
Uma "fã" loira - e confesso, muito linda - chegou perto de mim e me deu um beijo no rosto. Sorri e a abracei para tirar foto. Antes dela sair, ela beijou minha nuca e instintivamente eu me arrepiei e olhei para o seu decote que estava bem a vista mostrando um belo par de seios. Na mesma hora desviei o olhar para minha esposa que me olhava com a cara de poucos amigos. Acho que me daria mal por uma simples olhadinha inofensiva.
Me despedi das meninas e fui com Ana rumo ao jatinho, ela não disse uma palavra e também não sorriu pra mim. Subiu as escadas ainda segurando um monte de presente e se sentou no primeiro banco do jatinho, de um jeito que eu não poderia sentar ao seu lado. Revirei os olhos e sentei de frente pra ela, que me ignorou e colocou os presentes no banco detrás.
-Ei, eu não fiz nada.- me defendi a encarando
-E eu tô calada - falou séria se encostando na janela. Era novidade ela com ciúmes, mas muito lindo.
-Não tá com raiva? - perguntei destravando o celular.
-Tô bem. - continuou me ignorando. Pegou a coberta jogou em cima dela e pegou seu travesseiro logo em seguida.
-Então olha aqui pra eu tirar uma foto e falar que minha esposa linda está viajando comigo - apontei a câmera pra ela que me ignorou e virou pra janela encostando o braço no travesseiro.
Mesmo assim bati a foto e postei.
Olha quem vai viajar comigo.
Agora sim esse jatinho tá bem frequentado. <3 @AnaJu
Não quis ficar cutucando ela, se ela disse que estava bem era melhor eu não insistir no assunto.
Fomos o caminho até Curitiba em um silêncio absoluto. Nem meu segurança e meu secretário ousaram falar algo.
Fomos o caminho até Curitiba em um silêncio absoluto. Nem meu segurança e meu secretário ousaram falar algo.
Quando cheguei ao destino, também fiz questão de atender todas as fãs que estavam ali, e só então seguimos ao velho hotel que sempre ficávamos. A temperatura estava ainda mais baixa que em São Paulo e vi Ana se encolher enquanto caminhávamos até a van. Antes que ela falasse algo, puxei ela com tudo e esfreguei seu braço na intenção de a aquecer. Mesmo emburrada ela não recuou.
Chegamos no hotel e subimos direto pro quarto. Ela jogou a bolsa na cadeira e se sentou na cama esfregando as mãozinhas.
-Amor, é sério. Fala comigo. - pedi manhoso.
-Já disse que tô bem, Luan.
-Não tá, eu te conheço - sentei do seu lado.
-Acho melhor você me deixar quieta - saiu de perto de mim e foi até a mala - Você ouviu o que o Rober disse né? Saímos em duas horas - repetiu o que Rober tinha dito a uns 5 minutos e pegou sua roupa indo até o banheiro.
Ficamos nesse clima chato por todo o tempo e eu já nem sabia o que fazer pra ela voltar a falar comigo de boa. Conhecia Ana o bastante pra saber que ela odiava sentir ciúmes.
Assim que ela saiu do banheiro senti meu coração acelerar, ela estava com um vestido vermelho justo que deixava seus ombros a mostra, mesmo sem estar maquiada e com o cabelo arrumado eu já estava a achando perfeita. Peguei minha roupa e também fui me arrumar.
Horas depois e um pouquinho atrasados, saímos do hotel em direção ao Teatro Guaíra. Ana continuava séria, mas uma séria muito gata que eu estava louco de vontade de beijar. Arquitetei um plano na cabeça de fazer ela voltar a falar comigo e com certeza, era infalível.
Pedi pra Rober adiantar tudo e ele seguiu minhas ordens. Atendi o camarim assim que cheguei e já dei algumas entrevistas. Recebi alguns contratantes e o prefeito da cidade como geralmente sempre recebia. Quando a porta se fechou olhei pro Rober que fez sinal com a cabeça indicando que agora era só me preparar para o show.
-Já foi tudo?- perguntei pra ter certeza.
-Sim.
-Então pode deixar eu aqui sozinho que eu me cuido.
-Tem certeza?
-Tenho, a Ana vai ficar aqui comigo.
-Qualquer coisa tô aqui fora.
-Não, pode ir dar umas voltas e levar os seguranças com você. Tá tudo certo.- falei convicto e olhei pra Ana que estava tão concentrada no celular que nem prestava atenção no que estava acontecendo.
-Ok - ele falou por fim e saiu do camarim.
Mas do que depressa eu tranquei a porta e me sentei do lado da minha esposa, que mesmo sentindo minha presença continuou me ignorando como se eu não estivesse ali. Coloquei a mão em cima da tela do seu celular e só assim ela me olhou, me fuzilando com os olhos.
-O que você quer?
-Você - cheirei seu pescoço que se esquivou.
-Não vai rolar.
-Ah vai - segurei em sua nuca e a puxei pra perto, ela continuava séria.
-Sai Luan...- tentava me empurrar.
-Você sabe que sou mais forte e que você não resiste - fiz uma trilha de beijos de sua nuca até próximo a sua orelha, do jeito que ela amava. - Para de bobagem e beija seu maridinho.
-Vai beijar aquela piranha do aero, vai.- se esquivou completamente arrepiada.
-Eu sabia que estava com ciúmes - mordi sua orelha e ela virou o rosto pro lado contrário se arrepiando mais.
-Não tenho ciúmes, só achei meio chato você olhar pros peitos de outra mulher com todo mundo ali olhando você.
-Assume vai - roçava meu nariz em sua nuca - É ciúmes sim.- falava mansinho passando a língua pelo seu pescoço.
-Para Luan - ela sussurrou fechando os olhos.
-Parar por que? Nós temos tempo. - virei seu rosto pra mim e a beijei sem dar tempo de ela se afastar.
Como eu previa, o meu plano deu certo e Ana logo montou em cima de mim no sofá do camarim, onde nos amamos sem vergonha. Quando ela gemia um pouco mais alto eu tomava sua boca com beijos ferozes e assim ela se controlava. Foi uma transa ainda melhor do que a que tivemos no avião quando estávamos indo a Las Vegas. Ela sabia me enlouquecer, por aceitar minhas loucuras nos locais mais inapropriados. Mas Ana era Ana e é lógico, aquele meu pequeno deslize, não terminaria em uma transa. Ela se vingaria. É claro que sim.
Esses dois não existem não! Aninha com ciúmes é mara e ela se vingando melhor ainda!
ResponderExcluirContinua pra gente?? Pfvr Gii?
Beijão!
Vce gosta da bagunça ne Gege? Klkk Continuo! Bjs
ExcluirPode continuaaaar ta tudo PEREFITOOOOO
ResponderExcluirLindaa, obrigada!
ExcluirEsses dois são perfeitos e Luan é um safado hahahahha @natycaprioli_
ResponderExcluirLuan nao vale nada kkkk
ExcluirE esses brigam e se amam e me deixa cada vez mais apaixonada! *-*
ResponderExcluirAwwwn é mto amoor!
ExcluirSerá que ela vai mesmo se vingar?? Cont que eu to amando!!
ResponderExcluirPro Luan talvez seja uma vingança...
Excluirnossa será que a ana vai se vingar ?cont
ResponderExcluircátia
Kkkkk aos olhos de Luan sim
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