4 de maio de 2016

Capítulo 135

Ana Julia

Os meses passaram logo, minha barriga cresceu rápido, estava gigante, pesava e me enxia de alegria. Eu me sentia estranha, muito hormônio, muita mudança, muito medo. Comia sem parar, passava alguns minutos e já queria comer de novo. Luan brigava comigo pois eu não comia nada saudável, mas era mais forte do que eu ir no mercado e comprar várias barras de chocolate. Lógico que aquilo ajudava eu a ficar mais neurótica, estava engordando demais e tinha medo de não conseguir perder isso depois, mas mesmo assim, continuava comendo e comendo...
A maior parte do tempo eu ficava na cama, seja vendo filme ou lendo o texto que as fãs do Luan postavam. Elas já tinham enchido a gente de presente, ainda mais quando divulgamos o sexo da nossa filha. Melhor que isso, foi a cara que o Luan fez no consultório.


5 meses atrás

-E então doutor? - perguntei curiosa.
-É uma menina - ele falou e eu sorri animada. Olhei Luan que coçou a nuca nervoso
- Que foi amor? Não gostou da notícia?
-Eu gostei - falou meio sem graça - Lógico que gostei. Mas ontem eu tava conversando com o Fernandinho e ele tava falando que a filha dele, de 12 anos já tava recebendo cartinha dos meninos da escola.
-Amor, sua filha nem nasceu e você já tá pensando nisso?  - ri junto com o médico e ele acabou rindo também.

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Além disso, eu vivia indo no banheiro, toda hora querendo urinar.


2 meses atrás

-Temos que decidir o nome da nossa filha. - falei deitada no peito do Luan.
-Pode escolher. - ele disse dando de ombros.
-Você não vai me ajudar?
-Já disse o nome que eu quero.
-Mas Nicole é tão sem graça - fiz careta.
- Você tem outra sugestão?
-Luana - falei animada e ele quem fez careta dessa vez.
-Não amor, o meu nome no feminino?
-Também, mas eu não falei por isso, falei porque junta o meu nome e o seu, Luan e Ana.
-Não tinha pensado por esse lado - ele riu.
-Então pensa aí enquanto eu vou ali no banheiro rapidinho.
-De novo, amor? - sorriu de mim que saiu parecendo uma formiga andando devagar, muito apertada.

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Mas a situação só piorava. Muita azia, muito enjoo...

Uma hora eu sentia um frio de tremer os dentes, outra, um calor de querer ficar nua. 

Não podia retocar meu cabelo, não podia usar alguns produtos que eu gostava. 

E também tinha o medo: medo de ter estrias, medo do peito cair, medo de não dar conta.

Meus pés, viviam inchados, mas o Luan era cuidoso demais e sempre me fazia massagens, muitas vezes sem eu pedir.


1 mês atrás...


-Olha que honra, Luan Santana massageando meus pés. - brincava com ele que tinha umas mãos maravilhosas.
-Achei que você estivesse precisando.
-Você sempre acerta - sorri ficando mais relaxada.

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Mas eu não podia reclamar, aquilo continuava sendo o que mais queria na vida, e independente de qualquer coisa -  sono, fome, medo e dor - eu toparia passar por tudo de novo sem pestanejar.

E então chegou o grande dia... Comecei a sentir dor um pouco antes de anoitecer. Por sorte, Luan não teve show naquele dia e apesar de nervoso e perdido, me guiou até o carro.
Os meus gritos foram tantos no caminho da minha casa até o hospital, que minha garganta doía incessantemente. Eu sabia que a dor era grande mas como era mãe de primeira viagem estava muito assustada, me sentindo incapaz de passar por aquilo.
Luan falou com meus pais e os pais deles durante o trajeto e ouvi no viva-voz eles falando que iriam nos encontrar no hospital.
-Está doendo muito, Lu.- choraminguei e Luan acelerou o carro.
-Tenha calma amor, respira igual o doutor ensinou. Já estamos chegando.
Luan ligou para o doutor que disse que nos esperaria no estacionamento.
Assim que chegamos Luan desceu do carro e chamou um dos enfermeiros que tomavam café do lado de fora,. Eles correram com uma cadeira de rodas, certamente eram quem nos esperava. Me colocaram na cadeira enquanto eu chorava e reclamava de dor. Luan estava aflito, queria me ajudar, mas não sabia como.
Fomos direto pra sala de parto, eu não ouvia e via nada, a dor aumentava a cada segundo e eu já suava frio.
Dentro da sala de parto, as coisas eram feitas com rapidez, Luan olhava tudo apreensivo e segurava minha mão a todo tempo dizendo pra eu respirar.
-Minha mãe, ela chegou? - perguntei apertando sua mão.
-Estão todos lá fora amor, agora se concentra aqui.
Começaram a pedir pra eu fazer força e eu fiz, fiz dando o meu máximo mas ainda não parecia o bastante. O médico pedia pra eu respirar e fazer mais força e mesmo assim, nem sinal de nada.
-Continua assim Ana, já estamos vendo a cabeça- o doutor comentou e eu comecei a forçar de novo. - Isso, mais forte, mais forte...- apertei a mão do Luan e me esforcei mais um pouco.

Primeiro saiu a cabeça, e depois, o corpo deslizou mais tranquilamente. Em segundos, eu e Luan nos tornamos pais e uma alegria enorme me dominou, junto com um amor incondicional ao olhar pra minha pequena que estava sujinha de sangue e chorava sem menos o médico ter forçado.
-Você ouviu? - ele perguntou emocionado - O chorinho dela é tão gostoso.
-Ela é linda - eu respondi admirada sentindo meu coração falhar - Você será um ótimo pai - olhei pra ele sorrindo me sentindo cada vez mais fraca - Eu te amo muito! - sussurrei e fui desfalecendo.
Os barulhos a minha volta eram escutados cada vez mais baixo, porém, eu sabia que algo errado estava acontecendo comigo:
-O que aconteceu? - Luan gritava - Alguém me fala alguma coisa pelo amor de Deus? O que aconteceu com ela?
- Por favor, saia!- a enfermeira pedia e ele se negava.
-EU NÃO VOU DEIXAR ELA AQUI. EU NÃO VOU SAIR!
Depois disso, eu confesso que não vi mais nada.

Notas da Autora:
Fui olhar meus rascunhos e vi que esse tinha que ser o penúltimo então sim, amanhã teremos o último capítulo da nossa fanfic!  Não me matem, eu também não queria que acabasse, mas fazer o que não é verdade? Tudo tem um final, e pra melhor, tudo tem um começo também e vem aí uma fanfic que vai fazer vocês se apaixonarem de novo, um casal real e uma surpresa especial. Vocês vão gostar. Sobre amanhã, vou deixar uma enquete do lado pra vocês escolherem que horas querem que ele seja postado. Vai depender de vocês. Nos vemos amanhã, no final da nossa história. 

PS: comentários respondidos.

29 de setembro de 2015

SEGUNDA TEMPORADA (link)

Ei você... que apesar de triste, escolheu o final dramático. É, você mesma! Que chorou com o epílogo e quis me matar. Eu tenho uma novidade pra você. Já se perguntou como seria a vida do Luan sem a nossa tão amada Ana Julia? Como que ele cuidou da Luana? (se é que ele cuidou). Já se perguntou se por um acaso ele se apaixonou de novo? Ou se continua cantando? Eu vou contar isso pra vocês..

Vem aí a segunda temporada de PROMETE QUE VAI SER SÓ MINHA? (clique em cima do número para se encaminhar para a página)Dessa vez conheceremos a Mari. Uma fã como você, como eu, que amava o casal LuAna. Ela acompanha o Luan desde sempre e sofreu a perda junto com ele. Em meio a tantos shows, e presentes marcantes Luan passa a notá-la e porque não ficar com ela? Seria uma pena, se ele não quisesse mais se apegar a ninguém...

Será que Luana vai aceitar o seu pai com outra pessoa? Será que Luan quer ter outra pessoa? São questões que vamos descobrir juntas.

PS: Se você escolheu o final feliz, leia essa fanfic como uma história nova, por mais nada a ver que isso pareça. Finja que não conheceram a Ana Julia rs

10 de julho de 2015

Epílogo ( Escolha 2 )

Luan Rafael

Minha cabeça girava e eu não conseguia pensar em nada, meu corpo foi tomado por uma sensação ruim e por mais que eu rezasse muito em pensamento tinha medo de que o pior acontecesse. As horas, os minutos, os segundos se passavam vagarosamente e a angústia só aumentava. Quando vi o médico se aproximando, senti um calafrio até a espinha e embora esperasse por respostas, no fundo tinha medo delas:

-Sinto muito - o doutor falou e eu senti um nó formar-se em minha garganta - Sua esposa teve uma hemorragia e infelizmente... nós não conseguimos fazer nada.

-Não, isso não aconteceu, eu não posso acreditar que a perdi pra sempre, não , não , não - falava aos prantos sentindo vontade de gritar, chorar, sumir.. morrer.

-Sinto muito - o doutor falava comovido - Ela não resistiu, mas a criança está bem.

Nada daquilo fazia sentido pra mim, do que valia Luana sem a Ana? Do que valia o meu casamento sem Ana? Ela estava bem, estava feliz, era jovem e saudável. Eu não conseguia acreditar, eu não queria acreditar. Minha mãe me abraçou tentando me consolar mas não adiantava, a única coisa que resolveria era se Ana aparecesse ali me dizendo pra ficar calmo, me dizendo que íamos ser felizes por muito tempo. Mas isso não aconteceu.

Alguns minutos se passaram e eu já não chorava mais. A mãe da Ana estava desesperada e o pai nem se fala, os dois choravam e tentavam um acalmar o outro. A dor que eu sentia continuava enorme no meu coração e eu continuava sem rumo. Minha mãe segurou minha mão e disse que eu não podia ficar daquele jeito, que Ana ia querer me ver feliz. Mas como? Como ser feliz sem ela?

-Vamos ver sua filha? - minha mãe perguntou e eu a encarei sem saber o que falar.

-Não, eu quero ver minha mulher. - falei levantando e indo a procura do médico.

Permitiram que eu a visse, e me acompanharam até o necrotério do hospital, eu mal podia acreditar que estava indo naquele lugar a procura da pessoa que mais amei na vida. O Doutor parou do meu lado antes de abrir o grande saco preto, me olhou como se perguntasse se eu queria mesmo aquilo, e então eu assenti. O saco se abriu e eu voltei a chorar imediatamente. Era minha mulher, ela estava morta e eu nunca mais a veria.

Dois dias depois, quando voltava de seu enterro, aonde encontrei os avós que ela tanto amava e pouco conviveu, recebi a notícia de que Luana já poderia ir pra casa. Pedi pra que minha mãe passasse no hospital e levasse ela pra casa deles , enquanto isso, fui para minha, pois precisava de um tempo sozinho, tentando digerir tudo, tentando aceitar. Mas como viver sem ela? Como aceitar que ela se fora para sempre? Como aceitar que ela sequer tinha realizado o sonho de ser mãe? Aquela altura do campeonato eu já nem tinha mais lágrimas pra chorar. Muito menos força.

Sentei no sofá exausto e encarei nossa foto do casamento em cima da mesa redonda que ficava ao lado do sofá. Peguei-a nas mãos e passei os dedos na imagem como se pudesse tocá-la uma última vez. Fechei os olhos e me lembrei dos acontecimentos contados na foto, o seu sorriso lindo. Sua felicidade estampada que eu nunca veria mais.

Ouvi a porta se abrir e olhei assustado pra ver quem era. Minha mãe entrava com minha filha no colo e atrás vinha Bruna e meu pai, meio tristes e felizes ao mesmo tempo pela nova integrante da família.

-Olha quem chegou - minha mãe veio pra mais perto e eu não sabia bem se queria a ver. Desde que Luana nasceu eu não tinha a visto, exceto na sala de parto, depois de toda aquela cena, que insistia em se repetir na minha cabeça centenas de vezes. Eu não vi minha filha, tampouco peguei-a no colo. Pra ser sincero nem queria vê-la naquele momento. Pensava que ao receber sua vida, ela tivesse tirado a vida de outra, da minha mulher. Se não fosse pela bebê tudo seria diferente agora, estaríamos felizes, sorrindo, brincando como fazíamos. Mas aquela criança levou tudo isso embora. E era isso que eu sentia.

Como eu poderia amar minha filha? Como poderia perdoa-la? E como olharia pra ela e carregaria ela no colo sem lembrar  que ela era a culpada da morte da minha Ana? Eu sabia que estava errado pensando dessa forma, sabia que não era culpa dela, mas como acalmar meu próprio coração? Como dizer adeus a minha esposa e logo em seguida receber um bebê? Logo eu que não sabia absolutamente nada de criança, tampouco sabia ser um pai.

-Tira ela daqui - falei nervoso e subi pro quarto deixando meus pais me olhando com uma cara mista entre preocupação e tristeza.

Subi pro nosso quarto e abri o nosso guarda-roupa. Suas roupas ainda estavam ali arrumadinhas como ela sempre fez questão de deixar. Peguei uma a uma e tentava lembrar de quando tinha visto Ana usando-as. Algumas delas ela sequer tinha usado, porém eu imaginava como ficaria em seu corpo perfeito.

Passei horas fazendo isso, e só me dei conta quando a porta do quarto se abriu e eu tive que encarar o pai dela ali, na minha frente. Me olhou com pena e começou a chorar sem termos trocado uma só palavra. O olhei sem saber o que fazer e sentei na cama tentando não chorar.

-Você já viu a Luana? - ele perguntou tentando parar de chorar - Digo, agora? - assenti e respirei fundo, aquele nome trouxe de volta todos os sentimentos ruins - Ela se parece muito com Ana, não acha? - virei o rosto para o lado, eu não queria ouvir nada em relação aquela criança. - Ela é linda - ele continuou tentando forçar alguma palavra minha.

-Sinto muito, não quero falar sobre Luana - falei o encarando.

-Ela não tem culpa.

-Eu sei, mas não consigo. Ainda não.

-Ana ia querer que você cuidasse dela.

-Eu não posso, eu não sei cuidar nem de mim direito.

-Se não faz por você, então faça por sua esposa. Ou acha que ela ficaria feliz em vê-lo renegando a própria filha?- ele sabia tocar bem na minha ferida. - Ana ia querer que você tomasse sua filha nos braços e cantasse pra ela dormir . Você não pode dizer não à ela.

-Você não entende - disse voltando a chorar - Eu não consigo. Eu sei que Ana espera mais de mim, mas eu não posso olhar pra ela sem lembrar de tudo que aconteceu. Não posso olhar pra ela e lembrar que agora sou um viúvo. Eu não consigo.

-Então se esforce Luan, ela é a sua filha - ele falou se levantando e colocando a mão em meu ombro -É maravilhoso ser pai - ele sorriu emocionado - E também dói muito perder a única filha - falou saindo do quarto me deixando sozinho.

Quatro meses depois...

Passei quatro meses dentro de casa, sem sair pra canto algum. A saudade me sufocava de um jeito que eu jamais serei capaz de explicar. Eu via Ana em todo canto da casa, e sorria sozinho como se ela realmente estivesse ali. Nesse tempo não fui capaz de ver Luana, e tinha medo de conhecê-la. Foram 4 meses sem ver minha filha, minha própria filha, porque eu simplesmente ainda não conseguia.

Minha carreira estava estacionada, eu ainda não tinha conseguido voltar a cantar e todos entendiam. Não era uma decisão que levaria pra sempre, mas ainda não me sentia preparado para voltar a vida de antes, sem ela...

Minha mãe me visitava todo dia, cuidava pra que eu comesse e como mãe, ela não falhava nisso, só saia depois de ver que eu tinha comido tudo que ela preparara. Sempre trazia uma novidade nova de Luana, que ela chorava muito devido as cólicas e que a cada dia, trazia mais traços de Ana em sua feição. Além disso disse que ela já ficava sentada e que estava cada vez mais gordinha. Eu sorria mesmo sem querer saber daquelas notícias.

Sentei no sofá da sala e enchi meu copo de uísque. Era como se a bebida me fizesse esquecer de tudo, e era por isso que eu bebia muito, passava mal direto, mas como não tinha ninguém, eu mesmo me cuidava e limpava meus vômitos quando eu exagerava.

-Amor - senti as mãos de Ana me chacoalhando - Você bebeu de novo? - ela falava me dando sermão e eu a encarava perplexo.

-Você tá viva? Você não morreu, você... - eu falava eufórico a abraçando.

-Não amor, me escuta. - ela falava enquanto eu a apertava. - Eu estou muito preocupada, você tá bebendo demais.

-Eu juro não beber nunca mais, eu te amo tanto, não me deixa mais sozinho, eu não sou ninguém sem você, eu mal existo, eu..

-Lu, me escuta amor, a Luana não tem culpa, você não pode virar as costas pra ela.

-Mas não importa, agora você está aqui, vai me ajudar a cuidar dela, seremos felizes...

-Amor não estou aqui. Você vai ter que fazer isso sozinho, e eu confio em você.

-Não Ana, você está aqui e...

-Luan - ela segurava meus braços.- Não importa onde eu esteja, eu sempre vou ser sua esposa, sempre vou ser a mãe da Luana e sempre vou amar vocês, mas eu preciso que faça algo por mim - ela pediu com os olhos brilhando - Eu preciso que cuide da nossa filha, preciso que fale pra ela de mim,que mesmo sem ela ter me conhecido, eu a amo e sempre vou amá-la. Fala pra ela que nós lutamos muito pra tê-la e que infelizmente eu não pude cuidar dela em vida, mas que sempre cuidarei em espírito. Reage meu amor, eu preciso que você reaja. - chorava na minha frente e eu não sabia o que fazer - Cuida da nossa menina, traz ela pra nossa casa. Eu sei que você é capaz - pousou sua mão sobre a minha. - E por favor não pare de cantar. Suas fãs precisam de você, elas sentem sua falta. Eu te amo pra sempre.

Acordei atordoado com o sonho. Mas valeu poder toca-lá ao menos uma última vez, mesmo que em sonho. Olhei em volta e fiquei pensativo sobre suas palavras. Agora era a hora de eu encarar a realidade. Minha filha precisa de um pai, eu sabia disso. Na verdade, eu sempre soube. Mas agora era diferente, Ana mesmo tinha me pedido pra cuidar dela, eu não podia negar isso à ela. Eu tinha que me esforçar.

Tomei um banho e tirei a minha barba que estava muito mau feita devido ao meu descuido. Vesti uma roupa mais apresentável e encarei o meu reflexo no espelho. Sentia uma coisa boa dentro de mim, uma nova esperança, e eu sabia que era por causa da Ana. Passei um perfume e procurei a chave do meu carro.

Em minutos cheguei a casa dos meus pais que estranharam me ver ali, depois de tanto tempo.

-Onde está Luana?- perguntei antes mesmo de cumprimentar todos e eles me olharam surpresos e felizes ao mesmo tempo.

-Está no quarto dela dormindo - minha mãe respondeu.

-Posso vê-la?

-Mas é claro meu filho - ela levantou vindo animada na minha direção.

Subi a escada com um receio, não sei se estava preparado pra encarar minha filha. Não sei como reagiria. Não sei se já estava disposto a encarar ela com um outro olhar. Mas Ana pediu pra que eu cuidasse dela, e eu tinha a missão de falar dela pra nossa filha, e então eu faria isso.

-Você vai ver como ela está a cara da Ana - minha mãe falou sorrindo abrindo a porta em seguida- Vou deixar vocês a sós.

Entrei no quarto e minha mãe fechou a porta atrás de mim. Me aproximei do berço e vi ela sentadinha brincando com os próprios pés. Luana olhou pra mim assim que me aproximei do berço ainda receoso e sorriu me quebrando inteiro. Automaticamente eu sorri também.



Uma sensação diferente tomou conta do meu corpo, eu sentia como se meu peito fosse preenchido por uma alegria nova. Nunca imaginei que um sorriso tão angelical mudaria tudo que eu sentia, tiraria aquela dor que eu ainda tinha, e me traria aquela paz sem igual. 4 meses tinham se passado e minha filha já estava maiorzinha, mais gordinha e como minha mãe disse, era a cara da Ana, ou mais, ela era a Ana purinha. Passei o dedo delicadamente em seu rostinho e ela agarrou meu dedo sorrindo pra mim de novo. Foi então que eu senti que eu podia ser melhor. Parei de ver Luana como um problema, e a vi como uma solução, uma alegria, uma esperança.

Eu não podia culpar aquele ser tão ingênuo. Eu não podia odiá-la. E é claro que eu nunca a odiei de verdade, eu só precisava de um tempo. Ah, um tempo, que não me curou por completo, mas me fez poder olhar pra minha filha e sentir o desejo de pegar ela no meu colo.

-Vem cá no papai - falei com ela esticando os braços - Não deve ser tão difícil pegar uma criança - falei praticamente sozinho e a peguei no colo com um receio enorme - Como você é molinha filha - deitei ela nos meus braços com todo cuidado do mundo - É, pois é, eu sou seu pai - falei brincando com sua mãozinha pequena - Me desculpa por ter virado as costas pra você. Eu não conseguia no começo.- ela me olhava como se entendesse cada palavra - Mas agora vai ser diferente viu? Você vai pra casa comigo e juntos vamos ser uma família, do jeito que sua mãe sempre quis - já estava chorando mas não secava meu rosto com medo de deixa-la cair - E por falar na sua mãe, tenho uma história pra te contar, sua mamãe mora no céu sabia? - perguntei e ela balbuciava algumas coisas incompreensíveis - E ela tá olhando pra gente agora, sorrindo muito por ver você no meu colo tão quietinha. - falava sentindo sua presença - Agora seremos nós dois princesa.

Foram minutos, rápidos minutos que me fizeram a amar incondicionalmente. Foi ali, conversando com ela que pude entender o que é ser um pai de verdade, e acredito que eu fui. Beijei sua testinha e outra vez ela sorriu, ganhando mais meu coração.

Ana faria falta eternamente, e isso eu tinha certeza. Meu amor por ela não era só pra vivermos aqui, na terra, era pra sempre, era para além da vida. Ela seria pra sempre minha. Por que ela me prometeu, ela disse no altar, ela PROMETEU QUE SERIA SÓ MINHA. Aqui ou em outra vida! Nada mudaria. E nosso amor nunca será esquecido, porque somos como duas peças de quebra-cabeça, que se encaixam perfeitamente, e que separadas não fazem sentido algum. Agora, Luana era a terceira peça, e ela se tornou a minha nova razão de existência. Mas eu ainda tenho esperança de que um dia, estarei com minha Ana, pra sempre!



Clique AQUI pra voltar pra fanfic e deixe seu comentário sobre o final que você escolheu. Os agradecimentos e a surpresa prometida serão postadas amanhã!

Epílogo ( Escolha 1 )

Luan Rafael

Minha cabeça girava e eu não conseguia pensar em nada, meu corpo foi tomado por uma sensação ruim e por mais que eu rezasse muito em pensamento tinha medo de que o pior acontecesse. As horas, os minutos, os segundos se passavam vagarosamente e a angústia só aumentava. Quando vi que o médico se aproximando senti um calafrio até a espinha e embora esperasse por respostas, no fundo tinha medo delas:

-Sua esposa teve uma hemorragia. Conseguimos reverter a situação, mas ela tá respirando com ajuda de aparelhos - uma mistura de sentimentos me invadiu, primeiro feliz por ela estar viva, mas ao mesmo tempo me desesperei por saber que ela ainda corria riscos.

-Ela vai ficar bem não vai? - perguntei com o coração apertado, ela tinha que ficar bem.

-Vamos torcer pra que sim.

Nada daquilo fazia sentido pra mim, do que valia Luana sem a Ana? Do que valia o meu casamento sem Ana? Minha mãe me abraçou tentando me acalmar. Do outro lado, dona Maria chorava abraçado ao seu Jonas.

-Vamos ver sua filha? - minha mãe perguntou e eu a encarei sem saber o que falar.

-Não, eu quero ver minha mulher.- falei levantando e indo a procura do médico.

Não permitiram que eu a visse mas eu não desisti, chorei e implorei que eles deixassem eu a ver ao menos de longe e eles deixaram. Entrei na sala e caí em prantos, queria vê-la alegre, sorrindo com aqueles dentes perfeitos que ela tinha, e não em uma cama, desacordada, respirando com ajuda de aparelhos.

-Vamos, você não pode ficar aqui muito tempo.

-Mas eu acabei de entrar.

-Você não pode ficar aqui - o médico falou e eu tive que saí. - Agora não tem muito o que fazer, temos que esperar ela acordar.

-Eu tenho que ficar com ela.

-Infelizmente não vai ser possível.

Minha mãe acabou me convencendo a ir embora, mas aquela seria a pior noite da minha vida, ou melhor, a primeira das piores, porque sabe Deus quando Ana acordaria, e pior, se ela acordaria. Mas eu não podia pensar no pior, eu jamais conseguiria viver sem ela, ainda mais cuidando de uma criança, que a propósito eu não tinha visto depois de tudo.

Dois dias depois, ainda preso dentro de casa, escuto o telefone tocando e corro com a esperança de ser uma notícia boa:

-Filho, estamos indo buscar Luana, vem com a gente.

Engoli em seco, apesar de ela não ter culpa, eu não queria vê-la. Me lembrar de todo desespero que passei na sala de parto não me parecia a melhor opção.

-Não vou mãe, mas será que pode ver com o doutor se posso visitar a Ana. Isso não é justo, eu não posso ficar sem vê-la.

Minha mãe não disse nada, se despediu de mim e desligou. Sentei no sofá exausto e encarei minha foto do casamento com Ana, em cima da mesa redonda que ficava ao lado do sofá. Peguei-a nas mãos e passei os dedos na imagem como se pudesse tocá-la novo. Fechei os olhos e me lembrei dos acontecimentos contados na foto, o seu sorriso lindo. Sua felicidade estampada que eu tanto sentia falta.

Um tempo depois, ouvi a porta se abrir e olhei assustado pra ver quem era. Minha mãe entrava com minha filha no colo e atrás vinha Bruna e meu pai, meio tristes e felizes ao mesmo tempo pela nova integrante da família.

-Olha quem chegou - minha mãe veio pra mais perto e eu não sabia bem se queria a ver. Pra sincero não queria vê-la naquele momento. Pensava que ao receber sua vida, ela tivesse tirando a vida de outra, da minha mulher. Se não fosse pela bebê tudo seria diferente agora, estaríamos felizes, sorrindo, brincando como fazíamos. Talvez seja esse o motivo de ela não ter engravidado antes, mas a gente quis e insistiu, e agora Ana estava a beira da morte.

Eu sabia que estava errado pensando dessa forma, sabia que não era culpa dela, mas como acalmar meu próprio coração? Como conviver com o medo de perder o amor da minha vida?

-Tira ela daqui - falei nervoso e subi pro quarto deixando meus pais me olhando com uma cara mista entre preocupação e tristeza.

Subi pro nosso quarto e abri o nosso guarda-roupa. Suas roupas ainda estavam ali arrumadinhas como ela sempre fez questão de deixar. Peguei uma a uma e tentava lembrar de quando tinha visto Ana usando-as. Algumas delas ela sequer tinha usado, porém eu imaginava como ficaria em seu corpo perfeito.

Passei horas fazendo isso, e só me dei conta quando a porta do quarto se abriu e eu tive que encarar o pai dela ali, na minha frente. Me olhou com pena e começou a chorar sem termos trocado uma só palavra. O olhei sem saber o que fazer e sentei na cama tentando não chorar.

-Você já viu a Luana?- ele perguntou sentando na cama - Digo, agora?- assenti e respirei fundo, aquele nome trouxe de volta todos os sentimentos ruins - Ela se parece muito com Ana, não acha? - virei o rosto para o lado, eu não queria ouvir nada em relação aquela criança. - Ela é linda - ele continuou tentando forçar alguma palavra minha.

-Sinto muito, não quero falar sobre Luana - falei o encarando.

-Ela não tem culpa.

-Eu sei, mas não consigo. Ainda não.

-Ana está viva Luan, e nada de ruim vai acontecer com ela. Acha que ela vai gostar de saber que você virou as costas pra própria filha?

-Eu não posso, eu não sei cuidar nem de mim direito.

-Se não faz por você, então faça por sua esposa. Cuida da Luana pra quando Ana sair do hospital ver que você cumpriu direitinho sua missão.

-Você não entende - disse voltando a chorar - Eu não consigo. Eu sei que Ana espera mais de mim, mas eu não consigo cuidar de uma criança sozinho.

-Como pode dizer isso sem sequer tentar ? Se esforce Luan, ela é a sua filha! - seu Jonas falou se levantando e colocando a mão em meu ombro -É maravilhoso ser pai - ele sorriu emocionado - Cuida da sua filha, nunca se sabe o dia de amanhã...

Quatro meses depois...

Foram quatro meses agonizantes, sem nenhum resposta positiva. Felizmente eu podia ir no hospital 4 vezes por semana, depois que a transferiram para um quarto, que eu enxia de rosas para quando ela acordasse. Meus fãs faziam campanhas de oração, e entendiam o meu afastamento dos palcos. Além disso,  foram 4 meses sem ver minha filha, minha própria filha, porque eu simplesmente ainda não conseguia.

Minha mãe me visitava todo dia, cuidava pra que eu comesse e como mãe, ela não falhava nisso, só saia depois de ver que eu tinha comido tudo que ela preparara. Sempre trazia uma novidade nova de Luana, que ela chorava muito devido as cólicas e que a cada dia, trazia mais traços de Ana em sua feição. Além disso disse que ela já ficava sentada e que estava cada vez mais gordinha. Eu sorria mesmo sem querer saber daquelas notícias.

De repente meu celular tocou, era o médico. Senti meu coração bater forte:

-Luan? Poderia vir ao hospital?

-Alguma notícia, doutor?

-Infelizmente não, mas preciso te falar algumas coisas.

Peguei a chave do carro e em minutos cheguei ao hospital. Me levaram até a sala do médico Gustavo e pela sua cara, o que eu escutaria não era nada bom.

-Luan, já se passaram 4 meses, ela não responde, está vivendo a base dos aparelhos mas achamos que ela não vai acordar mais. - falou e eu imediatamente comecei a chorar, negando tudo que ele falava - Poucas sobrevivem uma hemorragia, ela tá resistindo mas provavelmente não vai resistir tanto. Queríamos seu consentimento para desligar os aparelhos.

- VOCÊ ESTÁ FICANDO LOUCO? EU NÃO VOU CONSENTIR NADA. EU PAGO O PLANO DE SAÚDE DELA E VOCÊS NÃO VÃO DESLIGAR APARELHO NENHUM.

-Se acalma Luan, você tem que aceitar que a vida acaba para todos um dia.

-EU NÃO TENHO QUE ACEITAR. ELA NÃO ESTÁ MORTA.

-Mas vai ficar, não tem muita opção.

-Não, você não sabe o que está falando - levantei nervoso - ELA VAI FICAR BEM, NÃO É PRA DESLIGAR NADA TÁ OUVINDO? NADA - Falei desesperado e o doutor se levantou.

-Tudo bem Luan, tudo bem.

Saí dali inconformado com aquela proposta. Mas eu não desistiria da Ana tão fácil, e nenhum médico me convenceria do contrário. Ela ia sobreviver sim, e seríamos felizes pra sempre!

Sem saber que rumo tomar, peguei o carro e fui em direção a casa dos meus pais. Minha mãe abriu a porta assustada, não esperava me ver ali. Abracei ela chorando.

-O que foi meu filho?

-Eu não quero falar nada, só precisava da senhora.

-Vem querido, entra. - ela segurou meu braço e me levou até o sofá.

-Mãe, você acha que a Ana vai sobreviver? - perguntei aflito, sentindo um nó apertar minha garganta.

-Claro que sim meu filho, com fé em Deus ela vai sair dessa e vai cuidar da Luana com você - disse passando a mão em meu rosto. - Maria te ligou?

-Ligou ontem, disse que os avós de Ana querem vir vê-la

-E o que você falou?

-Eu falei que podiam, Ana ama aqueles avós dela - sorri limpando minhas lágrimas.

-Você sempre se esforçou pra agradá-la né, querido?

-Eu a amo muito mãe - falei voltando a chorar e minha mãe me abraçou.

Enquanto ela alisava minhas costas ouvi Luana começar a chorar, me afastei da minha mãe assustado e ela me soltou rindo.

-Acho que ela tá com fome - ela se levantou indo até a cozinha.

Foi então que analisei toda a situação. Eu tinha uma filha, e ela precisava de um pai, um pai que esteve ausente por 4 meses, que perdeu muitos momentos dela. Imagina o quanto Ana ficaria chateado comigo quando acordasse. Seu Jonas tinha mesmo razão.

-Onde está Luana? - perguntei assim que minha mãe voltou pra sala.

-Está no quarto dela.

-Será que eu posso levar isso? - perguntei apontando para a mamadeira que ela segurava na mão.

-Mas é claro meu filho - ela me entregou a mamadeira sorrindo.

Subi a escada com um receio, não sei se estava preparado pra encarar minha filha. Não sei como reagiria. Não sei se já estava disposto a encarar ela com um outro olhar. Não sei como pediria desculpas por tê-la deixado sozinha.

-Você vai ver como ela está a cara da Ana - minha mãe falou sorrindo abrindo a porta em seguida- Vou deixar vocês a sós.

Entrei no quarto e minha mãe fechou a porta atrás de mim. Coloquei a mamadeira em cima da escrivaninha e me aproximei do berço a vendo sentadinha, brincando com os próprios pés.

Luana olhou pra mim assim que me aproximei do berço ainda receoso e sorriu me quebrando inteiro. Automaticamente eu sorri também.



Uma sensação diferente tomou conta do meu corpo, eu sentia como se meu peito fosse preenchido por uma alegria nova. Nunca imaginei que um sorriso tão angelical mudaria tudo que eu sentia, tiraria aquela dor que eu ainda tinha, e me traria aquela paz sem igual. 4 meses tinham se passado e minha filha já estava maiorzinha, mais gordinha e como minha mãe disse, era a cara da Ana, ou mais, ela era a Ana purinha. Passei o dedo delicadamente em seu rostinho e ela agarrou meu dedo sorrindo pra mim de novo. Foi então que eu senti que eu podia ser melhor. Parei de ver Luana como um problema, e a vi como uma solução, uma alegria, uma esperança.

-Vem cá no papai - falei com ela esticando os braços - Não deve ser tão difícil pegar uma criança - falei praticamente sozinho e a peguei no colo com um receio enorme - Como você é molinha filha- deitei ela nos meus braços com todo cuidado do mundo - É, pois é, eu sou seu pai- falei brincando com sua mãozinha pequena - Me desculpa por ter virado as costas pra você. Eu não  conseguia no começo.- ela me olhava como se entendesse cada palavra - Mas agora vai ser diferente viu? Você vai pra casa comigo esperar a mamãe, que logo logo vai sair daquele hospital - já estava chorando mas não secava meu rosto com medo de deixa-la cair - E por falar na sua mãe, ela vai pirar quando ver que você puxou ela. Minhas fãs também, estão loucas pra ver seu rostinho - sorri alisando seu rosto.

Foram minutos, rápidos minutos que me fizeram a amar incondicionalmente. Foi ali, conversando com ela que pude entender o que é ser um pai de verdade, e acredito que eu fui. Beijei sua testinha e outra vez ela sorriu, ganhando mais meu coração.

-Luaan - minha mãe abriu a porta com pressa, estava com os olhos lacrimejados e me assustou com sua expressão. - O MÉDICO TÁ NO TELEFONE, PARECE QUE A ANA ACORDOU!

Entreguei Luana pra minha mãe e desci as escadas correndo pegando o telefone tremendo.

-É verdade isso, doutor? Ela acordou? - perguntei já emocionado.

-É verdade, e me desculpa por ter falado pra desligarmos o aparelho, você estava certo.

-EU.. EU TÔ INDO PRAÍ AGORA.

Peguei a chave do carro e voei até o hospital, agora sentia meu coração mais livre, com mais esperança. Eu sabia que ela ficaria bem, eu sabia que tudo daria certo.

Cheguei no hospital e me levaram direito pro quarto dela, que abriu um sorriso enorme assim que me viu entrando. Ajoelhei-me do lado da sua cama e beijei sua mão um monte de vezes. Ela alisou meu rosto sorrindo e eu comecei a chorar.

- Eu te amo, sabia? Eu te amo muito. - falei e ela sorriu assentindo.

-Eu também amo você!

A porta do quarto se abriu, e a minha sogra entrou com Luana no colo. Ana começou a chorar muito e eu acabei chorando também. Felizmente agora, nossas lágrimas eram de felicidade, de recomeço.

Minha esposa recebeu alta dias depois, estava tão bem que todos duvidaram que um dia ela esteve em coma. Minhas fãs fizeram uma linda homenagem na porta do hospital, o que fez ela chorar bastante. Luana também estava bem apegada a mãe, e apesar de novo, começou a mamar no peito e já nem olhava mais pra mamadeira.

O tempo passou e as coisas voltaram ao eixo depois daquele desvio de curva. Ana estava bem, saudável e feliz. Eu tinha voltado a fazer shows mas sempre fazia questão de voltar pra casa, fosse a hora que fosse pra aproveitar cada minuto que tinha com minha família. E então, o tempo se tornou precioso, depois de um grande susto a gente enxerga coisas que muitas vezes não se vêem. Mas o nosso amor se fortaleceu, e renasceu, como flor na primavera.  E agora, vendo ela com minha filha no colo, cantando baixinho pra que ela durma, tenho certeza que ela vai cumprir a promessa que me fez várias vezes, de que seria só minha, e que seria pra sempre!



Clique AQUI pra voltar pra fanfic e deixe seu comentário sobre o final que você escolheu. Os agradecimentos e a surpresa prometida serão postadas amanhã!

Agradecimentoss

Queria começar esse agradecimento contando pra vocês que essa fanfic não ia existir. Eu tinha dito que pararia de escrever, mas então surgiu uma nova ideia e eu fiquei animada, como todo começo de fanfic.

Vocês não sabem como me enche de alegria saber que vocês gostaram, sinto que valeu a pena eu ter ficado mais um pouco.

Cada comentário, cada elogio... isso não tem preço!

Ver vocês me cobrando também é muito gostoso, sinal de que vocês gostam mesmo e não falam isso só pra me agradar.

Confesso também que o final da fic era só o dramático, mas aí eu percebi que não seria tão justo, mas ao mesmo tempo queria algo diferente, por isso, de última hora, tive a ideia de criar dois finais, assim, a decisão estaria nas mãos de vocês.

Então... meus eternos obrigados a todas vocês que me acompanham desde o começo. Muitas já chegaram em mim e falaram "tô lendo a 4", ou " amo a 2, choro muito.", e essa, é mais uma fanfic pra vocês lerem sempre que sentirem saudade do nosso casal. Da nossa AnaJu.

Obrigada a quem chegou agora, e descobriu minhas fic's a pouco tempo, sejam bem-vindas a minha mente maluca, espero que tenham gostado e me acompanhem na próxima.

E por falar em próxima, ela está chegando e vem com novos personagens e um casal REAL! Sim, a personagem da nossa nova fanfic é uma ex namorada do Luan. EX NAMORADA? Sim! Com direito a montagens e tudo. Mas eu disse, "nossa"? SIIIIIIIIIM, A nova fanfic será uma parceria minha com outra escritora que vocês amam de paixão - e eu também porque ela escreve muitoo. E quem será essa pessoa? DESCUBRAM ASSISTINDO ESSE VÍDEO...


(Quem tiver pelo celular, é só clicar em cima!)


Então é isso galera, a Tatá vai escrever comigo e eu tô muito feliz porque ela tem o dom de escrever, tem ideias ótimas e com certeza vocês vão gostar . Sobre quando vai começar eu não tenho data certa porque depende dela pois atualmente ela escreve uma como ela disse que é a PS.: Eu te vivo, e escrever duas é complicado. Mas enquanto isso vocês terminem de ler a dela que logo começa a nossa juntas. 



Então é isso, nos vemos em breve..

VEM AÍ... A OUTRA. (prólogo já foi postado)

"Como explicar o que eu sinto, quando estou do seu lado?"







              EU AMO MUITO VOCÊS!

9 de julho de 2015

ÚLTIMO CAPÍTULO

Boa noite. 

Sei que vocês esperavam que aqui, neste post, fossem ter o último capítulo da nossa fanfic. Mas calma, hoje vocês terão o privilégio de escolher qual final vocês preferem...

Vocês também podem ler os dois  - o que a maioria vai fazer, com certeza - porém, guardem no coração o final que mais emocionarem vocês.

Amanhã posto os agradecimentos e falo a nossa surpresa.

Após lerem o capítulo, voltem aqui e deixem o comentário de vocês, dizendo o que acharam do final que escolheram.

CHEGA DE ENROLAÇÃO...


Se gostarem de um final feliz e emocionante cliquem AQUI

Mas se preferirem um final dramático e diferente de tudo já lido, cliquem AQUI



8 de julho de 2015

Capítulo 134

Luan Rafael

Tudo aconteceu muito rápido, me senti péssimo ao vê-la caída no chão. Só Deus sabe o quando fiquei desesperado e com medo de ela ter tomado alguma coisa ou feito alguma besteira. Graças a Deus a notícia que chegou foi bem especial, foi melhor do que esperava. Finalmente teríamos nosso filho e agora estávamos juntos de novo. Que reviravolta! Tudo que eu sei é que eu faria ela a mulher mais feliz do mundo e que aquele tempo separado serviu pra me fazer enxergar muitas coisas.

Estávamos na casa dos meus pais, prontos para contar sobre o novo membro da família, mas Bruna estragou a surpresa e contou na frente da gente. Até que foi engraçado, ver os 4 com os olhos arregalados, mal acreditando no que tinham ouvido.

-Isso é verdade? - seu Jonas perguntou e a Ana assentiu com os olhos marejados.

-Meu Deus, eu não acredito que vou ser vovó - Minha mãe foi a primeira a comemorar.

-Meus parabéns - meu pai falou se levantando vindo nos abraçar e logo os outros vieram atrás, acho que a ficha estava caindo aos poucos.

-Parabéns meus amores - minha sogra abraçou eu e a Ana ao mesmo tempo e depois abraçou minha mãe - Temos que marcar de sair pra comprar roupinhas Mari.

-Verdade, e começar a ver o enxoval - começaram a conversar e eu e Ana começamos a rir.

-Estou sem palavras - seu Jonas segurou as mãos da filha - E muito feliz por ver minha filha crescendo, minha única filha - abraçou Aninha que caiu em prantos. - Você também Luan, com certeza será um ótimo pai - apertou minha mão e eu sorri.

-Obrigado seu Jonas, vou tentar ser pro nosso filho o que o senhor e meu pai são pra gente - falei e Ana assentiu.

-Eu estraguei a surpresa né? - Bruna falou emocionada com a cena que tinha acabado de ver.

-Foi né, sua bocuda - puxei ela e a abracei.

-Eu não sabia, mas pulei muito quando vi. Quero ser madrinha - falou sorrindo.

-Vamos ver, depois dessa cê não tá merecendo não - brinquei e ela fez bico.

-Aaaah pii.

-Eu deixo amiga - Ana falou e ela comemorou - Mas será que a gente pode almoçar? Tô com fome. Agora como por dois. - sorriu de orelha a orelha.

-Vamos ouvir essa desculpa por nove meses - Luan falou e todos riram.

Contamos pra eles sobre como tinha sido a descoberta e eu tive que ver meu sogro brigando comigo pela situação, e olha que eu nem cheguei a dizer que tinha ido pra balada, se não a situação iria piorar. Mas o que importa é que estávamos juntos e felizes.

Depois do almoço, eu e Ana fomos pro meu antigo quarto e ficamos deitados juntinhos, vendo os comentários das fãs em baixo da foto que ela tinha postado mais cedo.


                                                            COMENTÁRIOS:

raurikellyluan : SOCORROOOOOOOOOOOO! Luan papai caraaaaa. QUE SONHOOOO! PARABÉEENS CASAL!

thaysrosarosa :  Finalmente grávidos! kkkkkkkkkkkk



nandraade : GENT, TÔ TÃO FELIZ!!! PARECE QUE O FILHO É MEU. SOCRR KKKKKKKK



Donzeladoluel: Finalmenteeeee! AQUELE MOMENTO QUE A FAMIAGE GRITAA DE FELICIDADE!



Juhdanath: Tem que ser menino, só acho. Pra ser cantor como o pai. PARABÉEEENS LINDA! Juju tem que ser padrinho com a Nath.



Srtlaisaraujo :  Ai eu não acredito!!!!!! Já tô imaginando a Nicole ou o Breno, tem que ser a cara do Luan. Xodózinho das Luanetes ><


-Suas fãs são uma figura mesmo - ela disse.

-Pois é, também estou grávido viu? - sorri.

-Eu vi, e que história é essa de Breno e Nicole?

-Sempre quis esses nomes, amor.

-Nem pensar. Não gosto de nenhum.

-Isso a gente vê depois, vamos descobrir o sexo primeiro. - entrelacei nossos dedos - Vou tirar uma foto nossa e postar pra falar como estou me sentindo, com certeza elas estão loucas querendo saber minha opinião.

Não há homem em que, em algum momento da vida, não se depare com o desejo de ser pai. Comigo não foi diferente, sempre quis e deixei isso bem claro. Mas também, sabia que isso viria na hora e no momento certo. Quando conheci a Ana, no Rio Grande do Sul, não pensei que fosse ela, a pessoa que realizaria o meu maior sonho, mas que ela já me enlouquecia, isso eu posso afirmar. Nossa amizade colorida me fez perceber que ela era tudo que eu procurava em alguém, eu só não sabia como assumir. Quando finalmente tive ela pra mim, fui o cara mais feliz do mundo, e continuo sendo. Assim que nos casamos ouvimos cobranças de todos os lados, todo mundo queria que ela engravidasse logo, até o quarto da criança já está preparado a meses, desde que chegamos da nossa lua de mel. Quando concordamos em começar a tentar, não conseguimos de cara e foram meses de luta e desespero por parecer que nossa vez não chegaria nunca. Será que eu ainda não estava preparado? Será que tava cedo pra ter tanta responsabilidade nas mãos? Mas a vida nos prega peça, e é quando a gente menos espera que as coisas acontecem. Agora está tudo certo, um serzinho cresce na barriga da minha linda esposa e ele com toda certeza já é a pessoa mais amada do mundo inteiro. Confesso que tenho medo de não criá-lo a altura que eu e Ana fomos criados, mas com certeza, irei me esforçar ao máximo, pra ser o melhor . Posso falar que sei o que é ser pai agora, já que me peguei pensando muito desde que o médico virou pra mim e falou: "Sua esposa está grávida, parabéns papai". O que concluí é que...  ser pai é mais do que ser criador. Ser pai é aprender a lidar com os próprios medos e se preparar para a grande responsabilidade de manter uma vida que, por muitos anos, dependerá inteiramente da sua. E começar a se preocupar mais consigo mesmo, seja no âmbito da saúde ou da qualificação profissional, sabendo que agora não é só você, há alguém mais por quem viver.

Quando Ana terminou de ler começou a chorar de soluçar e eu fiz questão de limpar suas lágrimas. Eu também fiquei emocionado, a ficha caia a cada segundo, e assumir aquilo pra todos foi mais uma certeza de que eu não estava sonhando.

Pra comemorar e contar para os amigos, eu e Ana decidimos fazer um churrasco. Logo, tivemos que passar no mercado pra comprar as coisas. Ela estava animada, palhaça. Subiu no carrinho e fez eu correr com ela pelos corredores.

-Cê vai cair muié, chega - falei parando o carrinho.

-Ah não amor, tava tão legal.

-Vamos pegar as coisas antes que comecem a me ver aqui e a gente não consiga sair - falei rindo e ela concordou indo comigo pegar tudo.

Assim que chegamos em casa começamos a preparar tudo. Enquanto eu cortava as carnes ela me abraçou por trás.

-Vontade de comer uma carne bem mau passada.

-Seria seu primeiro desejo? - a olhei de lado e ela sorriu.

-Acho que sim.

-Vou fazer uma procê, mas não pode exagerar.

-Sim senhor - bateu continência e foi preparar o resto da comida.

Nossos amigos começaram a chegar perto das 5 horas da tarde. Já tinha algumas carnes prontas e a comida também já estava na mesa. Ana tinha subido pra tomar banho e eu fiquei recepcionando todos, que chegavam me parabenizando e claro me zoando também, dizendo que agora sim, eu estava ficando velho.

Ana desceu e fez a festa com suas amigas, elas gritavam animadas e passavam a mão da barriga dela que sequer tinha aparecido, mas confesso que era emocionante imaginar que em alguns meses, nosso filho começaria a crescer e mexer dentro dela. Peguei um pedaço de carne mau passada e coloquei na boca dela que chegou a lamber os lábios.

-Tem mais?

-Tem amor, mas faz mal.

-Só mais um pedacinho? - pedi com carinha de manha e eu não resisti e fui pegar mais um pedaço pra ela.


Mais a noite, depois de todos terem comido muito, fizemos uma roda e eu peguei meu violão pra cantar. Ana sentou do meu lado, segurou minha perna e timidamente disse que queria ser a primeira a soltar a voz.

-Sério? - a olhei de lado e todos riram.

-Pela cara do Luan, cê canta mal pra caramba - Sorocaba falou e eu neguei.

-Não cara, ela canta bem. Mas morre de vergonha.

-Eu quero amor - ela falou manhosa e eu sorri.

-Então tá bom. Qual cê vai cantar?

-Uma música nova.

-Qual?

-Meteoro - começamos a rir e ela cruzou os braços - É sério gente, essa música tem um significado especial, acho que nem o Luan sabe - disse me fazendo a olhar de canto - Foi a primeira vez que ouvi a voz dele na rádio, cantava ela todo dia, apesar de preferir rock e MPB. Depois disso, vi ele em um programa de TV e achei ele a coisa mais linda mas só fomos nos conhecer anos depois.

-Que lindo amor, essa eu não sabia mesmo.

-Pois é, sou admiradora antiga - piscou pra mim e começou a cantar a música que mudou minha vida.

Enquanto ela cantava, vi o tempo voltar como num passe de mágica, lembrei de quando morava em Campo Grande e sonhava em ser o que sou hoje, lembro dos shows que abri, e do sonho que eu tinha em ter a minha família. Aquilo me deixou emocionado, eu tinha realizado todos os meus sonhos, provando realmente que, só quem sonha, consegue alcançar.


Notas da Autora:
Que cute gente, nosso casal junto de novo e mega apaixonados e bobos. Bom, realmente a fic está acabando e eu também não queria que acabasse mas também, não dá pra ter 1000 capítulos né? Com certeza vocês iriam enjoar. Eu não irei detalhar a gravidez, só vou falar mais ou menos o planejamento dos dois e partir pro último capítulo. Sobre uma outra fanfic, sim ela vai existir, já tem nome e tudo, porém não vou começar com ela imediatamente e assim que essa terminar eu explico porquê, o que posso adiantar é que junto dela, teremos uma surpresa e tanto. Por hoje é isso.

PS: Comentários respondidos