Os meses passaram logo, minha barriga cresceu rápido, estava gigante, pesava e me enxia de alegria. Eu me sentia estranha, muito hormônio, muita mudança, muito medo. Comia sem parar, passava alguns minutos e já queria comer de novo. Luan brigava comigo pois eu não comia nada saudável, mas era mais forte do que eu ir no mercado e comprar várias barras de chocolate. Lógico que aquilo ajudava eu a ficar mais neurótica, estava engordando demais e tinha medo de não conseguir perder isso depois, mas mesmo assim, continuava comendo e comendo...
A maior parte do tempo eu ficava na cama, seja vendo filme ou lendo o texto que as fãs do Luan postavam. Elas já tinham enchido a gente de presente, ainda mais quando divulgamos o sexo da nossa filha. Melhor que isso, foi a cara que o Luan fez no consultório.
5 meses atrás
-E então doutor? - perguntei curiosa.
-É uma menina - ele falou e eu sorri animada. Olhei Luan que coçou a nuca nervoso
- Que foi amor? Não gostou da notícia?
-Eu gostei - falou meio sem graça - Lógico que gostei. Mas ontem eu tava conversando com o Fernandinho e ele tava falando que a filha dele, de 12 anos já tava recebendo cartinha dos meninos da escola.
-Amor, sua filha nem nasceu e você já tá pensando nisso? - ri junto com o médico e ele acabou rindo também.
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Além disso, eu vivia indo no banheiro, toda hora querendo urinar.
2 meses atrás
-Temos que decidir o nome da nossa filha. - falei deitada no peito do Luan.
-Pode escolher. - ele disse dando de ombros.
-Você não vai me ajudar?
-Já disse o nome que eu quero.
-Mas Nicole é tão sem graça - fiz careta.
- Você tem outra sugestão?
-Luana - falei animada e ele quem fez careta dessa vez.
-Não amor, o meu nome no feminino?
-Também, mas eu não falei por isso, falei porque junta o meu nome e o seu, Luan e Ana.
-Não tinha pensado por esse lado - ele riu.
-Então pensa aí enquanto eu vou ali no banheiro rapidinho.
-De novo, amor? - sorriu de mim que saiu parecendo uma formiga andando devagar, muito apertada.
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Mas a situação só piorava. Muita azia, muito enjoo...
Uma hora eu sentia um frio de tremer os dentes, outra, um calor de querer ficar nua.
Não podia retocar meu cabelo, não podia usar alguns produtos que eu gostava.
E também tinha o medo: medo de ter estrias, medo do peito cair, medo de não dar conta.
Meus pés, viviam inchados, mas o Luan era cuidoso demais e sempre me fazia massagens, muitas vezes sem eu pedir.
1 mês atrás...
-Olha que honra, Luan Santana massageando meus pés. - brincava com ele que tinha umas mãos maravilhosas.
-Achei que você estivesse precisando.
-Você sempre acerta - sorri ficando mais relaxada.
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Mas eu não podia reclamar, aquilo continuava sendo o que mais queria na vida, e independente de qualquer coisa - sono, fome, medo e dor - eu toparia passar por tudo de novo sem pestanejar.
E então chegou o grande dia... Comecei a sentir dor um pouco antes de anoitecer. Por sorte, Luan não teve show naquele dia e apesar de nervoso e perdido, me guiou até o carro.
Os meus gritos foram tantos no caminho da minha casa até o hospital, que minha garganta doía incessantemente. Eu sabia que a dor era grande mas como era mãe de primeira viagem estava muito assustada, me sentindo incapaz de passar por aquilo.
Luan falou com meus pais e os pais deles durante o trajeto e ouvi no viva-voz eles falando que iriam nos encontrar no hospital.
-Está doendo muito, Lu.- choraminguei e Luan acelerou o carro.
-Tenha calma amor, respira igual o doutor ensinou. Já estamos chegando.
Luan ligou para o doutor que disse que nos esperaria no estacionamento.
Assim que chegamos Luan desceu do carro e chamou um dos enfermeiros que tomavam café do lado de fora,. Eles correram com uma cadeira de rodas, certamente eram quem nos esperava. Me colocaram na cadeira enquanto eu chorava e reclamava de dor. Luan estava aflito, queria me ajudar, mas não sabia como.
Fomos direto pra sala de parto, eu não ouvia e via nada, a dor aumentava a cada segundo e eu já suava frio.
Dentro da sala de parto, as coisas eram feitas com rapidez, Luan olhava tudo apreensivo e segurava minha mão a todo tempo dizendo pra eu respirar.
-Minha mãe, ela chegou? - perguntei apertando sua mão.
-Estão todos lá fora amor, agora se concentra aqui.
Começaram a pedir pra eu fazer força e eu fiz, fiz dando o meu máximo mas ainda não parecia o bastante. O médico pedia pra eu respirar e fazer mais força e mesmo assim, nem sinal de nada.
-Continua assim Ana, já estamos vendo a cabeça- o doutor comentou e eu comecei a forçar de novo. - Isso, mais forte, mais forte...- apertei a mão do Luan e me esforcei mais um pouco.
Primeiro saiu a cabeça, e depois, o corpo deslizou mais tranquilamente. Em segundos, eu e Luan nos tornamos pais e uma alegria enorme me dominou, junto com um amor incondicional ao olhar pra minha pequena que estava sujinha de sangue e chorava sem menos o médico ter forçado.
-Você ouviu? - ele perguntou emocionado - O chorinho dela é tão gostoso.
-Ela é linda - eu respondi admirada sentindo meu coração falhar - Você será um ótimo pai - olhei pra ele sorrindo me sentindo cada vez mais fraca - Eu te amo muito! - sussurrei e fui desfalecendo.
Os barulhos a minha volta eram escutados cada vez mais baixo, porém, eu sabia que algo errado estava acontecendo comigo:
-O que aconteceu? - Luan gritava - Alguém me fala alguma coisa pelo amor de Deus? O que aconteceu com ela?
- Por favor, saia!- a enfermeira pedia e ele se negava.
-EU NÃO VOU DEIXAR ELA AQUI. EU NÃO VOU SAIR!
Depois disso, eu confesso que não vi mais nada.
Notas da Autora:
Fui olhar meus rascunhos e vi que esse tinha que ser o penúltimo então sim, amanhã teremos o último capítulo da nossa fanfic! Não me matem, eu também não queria que acabasse, mas fazer o que não é verdade? Tudo tem um final, e pra melhor, tudo tem um começo também e vem aí uma fanfic que vai fazer vocês se apaixonarem de novo, um casal real e uma surpresa especial. Vocês vão gostar. Sobre amanhã, vou deixar uma enquete do lado pra vocês escolherem que horas querem que ele seja postado. Vai depender de vocês. Nos vemos amanhã, no final da nossa história.
PS: comentários respondidos.